No Dia Mundial da Asma alerta-se sobre a doença que 40% dos doentes não têm controlado.
Mais de 40 por cento dos asmáticos não têm a doença controlada, o que afecta a sua qualidade de vida e tem custos elevados, alertam especialistas, que defendem a necessidade de detectar o problema, assinalando o Dia Mundial da Asma.
O Dia Mundial da Asma tem como objectivo "chamar a atenção para o tratamento da asma" e para o facto de cada vez mais ser possível controlar a doença e viver com ela, tendo uma qualidade de vida bastante melhor, como disse à agência Lusa a presidente da Associação Portuguesa de Asmáticos (APA), Ana Maria Quintas.
Para marcar a data, a APA promove várias iniciativas para chamar a atenção para a doença, como um problema global de saúde, divulgando informação, em Lisboa, Porto e Matosinhos.
No Porto, no Hospital São João, em colaboração com o Serviço de Imunoalergologia, serão feitas avaliações de espirometria, com técnicos especializados, e em Lisboa, na Escola Secundária D. Pedro V realizam-se rastreios, numa acção que conta com a presença do presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), Mário Morais de Almeida, e dos especialistas António Bugalho de Almeida e Filomena Neves.
A chamada de atenção para a asma continua no domingo, em Matosinhos, com a organização de uma caminhada com pessoas asmáticas, inserida no Programa: Põe-te a Mexer® da Câmara Municipal de Matosinhos.
"É preciso que as pessoas se tratem e percebam qual é a gravidade da sua asma para poderem estar controladas", resumiu Ana Maria Quintas.
O especialista e responsável da Clínica Universitária de Pneumologia da Faculdade de Medicina de Lisboa/Hospital Universitário de Santa Maria, António Bugalho de Almeida, disse à agência Lusa que cerca de 10,5 por cento da população tem asma brônquica.
Destas, 57 por cento tem a sua asma perfeitamente controlada, mas ainda há 43 por cento dos doentes que ainda não têm a asma controlada, explicou.
Para Portugal, os estudos europeus, nomeadamente o Livro Branco Europeu da Respiração, referem custos que ultrapassam 117 milhões de euros, um valor que o especialista disse acreditar estar abaixo da realidade.
Em declarações à agência Lusa, no final de Março, o presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), Mário Morais de Almeida disse que a asma grave mata anualmente cerca de cem (100) pessoas em Portugal.
Uma parte significativa dos custos da asma relaciona-se com os doentes mais graves: Serão 5 a 10 por cento de todos os asmáticos, mas serão responsáveis por mais de 50 por cento dos custos da doença, frisou.
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